Empregos Japão – Qual o salário do Japão? Emprego em Aichi – A realidade do Japão mudou com o coronavírus. O qual o salário do Japão está caindo, empresas estão falindo e o mercado não tem melhora, e nem um sinal, de que isso pare de acontecer. A média salarial japonesa em maio foi de 269 mil ienes, queda de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi o segundo mês consecutivo de queda durante a pandemia.
Empregos em crise em 2020?
Antes da pandemia o salário que chegava a 330 mil ienes em uma fábrica, hoje não passa de 200 mil, isso se a empresa não parar. Em alguns casos, onde a empresa parou, a falência é inevitável, chegando a atingir em junho mais de 110 pedidos de falência nas prefeituras de vários estados.
O salário de Empregos no Japão também está caindo sem parar, e não por que as horas ficaram mais baratas, e sim, porque as fábricas estão trabalhando menos. Empresas que trabalhavam 5 por 2, hoje trabalham 4 por 2 e com duas horas extras ou menos, o que reduz o salário em cerca de 30%.
O que está acontecendo é que as empresas que estão falindo, não são as mesmas que contratam brasileiros, portanto, os mesmos continuam trabalhando mas ganhando menos. Mas uma reação em cadeia pode acontecer. Quando muitas pessoas que perderam seus empregos migram para qualquer área, fazendo a concorrência ficar desleal para os brasileiros, que perderão suas vagas em breve, para os próprios japoneses.
Isso é claro se a pandemia continua. Temos que torcer para que o Japão melhore logo, e a crise tenha seu fim.
Há relatos de descendentes que nós enviamos a trabalho ao Japão, e estão desempregados no momento, depois de um ano trabalhando sem parar desde quando desembarcaram do Brasil, com nossa assessoria. Estamos trabalhando para a recolocação destes candidatos em vagas que surgem pelo Japão, mas em geral são em fábricas de alimentos, pois essas nunca param.
O problema é que isso continuar, não haverão mais vagas para colocação dos próprios brasileiros que estão por lá, quanto mais para os que estão aqui e querem embarcar a trabalho. Um situação nunca vista antes, mesmo na crise de 2008, que foi a pior crise Mundial e a pior do Japão em 3 décadas.
O governo do Japão continua ajudando milhares de pessoas com 100 mil ienes por pessoa, mas não é o suficiente, tendo em vista os gastos que são muito altos por lá. Vamos citar exemplos…
1 – Apartamento custa em média 50 mil ienes o aluguel. Assim já se foi metade da ajuda.
2 – Se a pessoa tiver carro, ela está perdida, pois só de estacionamento, gasolina e seguro, cerca de mais 15 mil ienes por mês.
3 – Água, luz e gás, pelo que eu me lembre, também juntos somam cerca de 12 mil ienes.
4 – Telefone celular mensal, cerca de 5 mil ienes, pois apessoa geralmente não cancela.
5 – Alimentação por mês, cerca de 30 mil ienes, para mais, mesmo o mais econômico.
Só isso já somam 112 mil ienes, o que não dá conta se for uma pessoa só. Ou seja, os solteiros estão sofrendo mais do que casais. Um casal recebendo de ajuda, 100 mil cada, provavelmente sobram uns 50 mil ienes.
Mas não são apenas estes os problemas enfrentados pela comunidade nikkey do Japão, tão pouco pelos descendentes que querem embarcar para Empregos no Japão. Existe um problema ainda maior para os próximos anos. A demanda crescente do japão por vietnamitas. Estes estão entrando no Japão aos milhares e sem parar. Há relatos de fábricas que haviam demitido centenas de brasileiros em janeiro, fevereiro e março de 2020, para a contratação de asiáticos, como chineses e vietnamitas, cuja mão de obra sai mais em conta.
Alguns anos atrás, em meados dos anos 2000, havia uma discussão que circulava por todo o Japão entre a comunidade de brasileiros que estavam bem empregados, com muita hora extra e sem preocupação, que era o seguinte:
- Pessoal, temos que trabalhar direitinho, pois nunca se sabe o dia de amanhã.
E parece que esse dia está chegando…